Algumas coisas que me fazem amar este filme... “tentar o impossível”, prisioneiro de guerra, fuga, terras distantes, altas montanhas cobertas de neve, um famoso alpinista que se torna um maltrapilho, ultrapassar a “última fronteira”, luta pela sobrevivência, um lugar isolado do mundo, a extraordinária devoção e reverencia dos peregrinos tibetanos em suas longas caminhadas em busca da purificação, uma Cidade Sagrada, um lugar proibido, penetrando mistérios, a mais profunda transformação de um homem..... e muito mais. A estranha paz e um despojamento que sinto todas as vezes que assisto determinadas cenas deste filme. Cada vez que eu assisto as cenas deste filme eu capto “algo diferente”....”um sentimento diferente” que tinha passado desapercebido antes. Eu não me canso de olhar para as cenas deste filme, pois sei que sempre vou sentir ou ver algo diferente.
O filme começa com o pequeno Dalai Lama recebendo presentes dos monjes tibetanos. Quando o pequeno Dalai Lama recebe uma ornamentada caixa de música, o pequeno Buda tem uma reação diferente diante daquele presente... ele fica fascinado....e pega a caixa de música e mostra para sua mãe .... demonstrando que aquela caixa de música tem um especial significado. Ele não mostrou interesse pelos outros presentes que eram apenas apresentados e o pequeno Dalai Lama ficava indiferente frente aos outros presentes. O fato do pequeno Dala Lama ter escolhido a caixa de música foi mais uma prova, que ele era a reencarnação do Dalai Lama anterior.
Dalai Lama com apenas oito anos de idade já demonstrava grande interesse em conhecer o mundo ocidental.
Eu sinto como ascendemos em uma fortaleza medieval que se eleva sobre o centro da Ásia. Este é o país mais alto do mundo e o mais isolado" (Heinrich Harrer)
"Aí está ... o Tibet ( Peter Aufschnaiter)
“Exatamente 68 km" ( Heinrich Harrer)
Heinrich Harrer conferindo sua aposta
“Querido Rolf Harrer, eu sou uma pessoa que você não conhece. Um homem que você nunca encontrou... Mas você é a pessoa quem ocupa minha mente... e meu coração... nessas terras distantes por onde eu tenho andado. Se você pode imaginar um lugar escondido, aninhado com segurança e afastado do mundo...
... oculto por
muralhas de altas montanhas nevadas.... rico de toda estranha beleza dos seus
sonhos noturnos.... Então sabes aonde estou.
Neste pais aonde eu estou viajando – Tibet – as pessoas acreditam que se
peregrinarem longas distancias até lugares sagrados....
... se purificam das más ações que tenham cometido....eles
acreditam quanto mais difícil for a peregrinação, mais profunda é a purificação
“Eu
tenho andado de um lugar distante ao seguinte, por muitos anos, enquanto você
cresce. Tenho visto as mudanças de estações, cruzando o alto platô... animais emigrarem para o sul no inverno e regressando
aos campos com a chegada da primavera."
“... Neste lugar onde
o tempo permanece parado, parece que tudo está se movendo. Inclusive eu. Eu não posso dizer que eu sei aonde eu estou indo. Nem se minhas más ações
podem ser purificadas... há tantas
coisas que fiz das quais eu me arrependo. Mas quando eu chegar no ponto final, espero
que você entendas que a distância que nos separa não é tão grande quanto
parece...
Com profundo afeto, seu pai... Heinrich Harrer."
Heinrich Harrer e seu companheiro Peter Aufschnaiter, continuavam
a “notável jornada” atravessando, o imenso Platô
Tibetano.....
.....completamente isolados
do mundo sem saber aonde estavam e se conseguiriam chegar a algum lugar.....
Apenas um mês atrás tínhamos certeza que morreríamos nas mãos de bandidos e hoje
estamos nos portões da cidade proibida de
Lhasa. É tão difícil como ir a Meca e igualmente atrativa por está fechada aos
estrangeiros.
Mesmo no estado miserável que estamos sentimos a atração da cidade mais
sagrada do Tibet... lar do Dalai Lama. Poucos estrangeiros penetraram seus mistérios.